Retirar-lhes o perfume é um desacato à minha insensatez! (Direitos autorais reservados)
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Liberdade
Marcelo Camelo
Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou
É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro
De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Conceber a Vida
Um pedaço de chão
Sob rosas que crescem
Sem que ninguém as destruam
Derramando perfume nas noites nuas
Um lápis de cor
Pra colorir o céu no papel
Um lápis apontado
Pra escrever às crianças
Fogo na lareira
Entre olhares rabiscados
Entre sons que correm no silêncio
Mãos dadas
Um coração pra alegrar
A fantasia que há em se amar
No correr do tempo
E nada de Medo
São as rosas que se encostam na janela
Quando os iluminados presenciam primavera
E o vento vem nascendo
Ninguém o sente
Ninguém consegue sentir como nós
sábado, 26 de dezembro de 2009
Encanto
Porque eu sou de um silêncio
Que se é medido
Nem em aormas circundos
Estou sempre longe de todos
É uma pena
Que teus olhos não enxerguem
Belo rapaz
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Nossa... Natal!
E, acima de tudo, pela energia boa que ele me concede.
Minha infância retorna sempre à minha mente, e as pessoas que não existem mais neste plano.
Não sei. Mas sinto uma serenidade na minha alma.
Lembro-me como eu o esperava ansiosamente. E por Noel também.
Ficava olhando o céu e acreditando que a qualquer segundo ele pudesse voar sobre a nossa dimensão.
Sonho de uma criança inocente. Que tenho saudade de sê-la.
Acordava já a correr à arvore que brilhava com os piscas, a mesma árvore, feito os olhos meus.
E estavam todos os presentes que Noel havia penado para conseguir.
Sorria um sorriso festeiro.E que jamais terminava durante o dia.
Como eu gostaria de estreitar os caminhos. E se eu pudesse nesse natal retornar aos outros...
Esta é a morbidez do tempo. Saber que está tudo mudando rapidamente, que muitas coisas perderam-se.
A lembrança e a saudade é algo que acomoda as almas.
Hoje eu sentei no chão, a tocar guitarra, e consegui sentir o sentimento do mundo.
Senti as forças divinas a acolher meu coração.
Escutei todas as vozes possíveis, vi os olhos dos meus amigos, e o perfume da minha mãe nas minhas mãos.
O sentido do valor à vida que nos concederam... Estou acatando com o meu objetivo. Gente, isto é a vida.
Senti-la não somente em teu próprio seio. Mas em tudo que nos move. E existe deveras.
Mistério penetrado nas veias. Estou aqui, e os tenhos como verdadeiros amores. Eu costumo amá-los... Demasiadamente.
Abaixei minha face, sorrindo, emotiva, saudosa de todos eles. Todos os meus amores, toda minha vida.
Desta vez eu não poderei devorar os bolinhos...Nem ouvir vozes mansas, nem ver os olhos azuis, nem tocar nas mãos macias.
Mas vou estar concedendo um sorriso à minha vida. Porque eu tenho coisas boas.
- Serenidade, saudade e emoção. Vontade de chorar.
'Wal, meu amor e amizade por ti, meu amigo. Aquilo que já mais cessa, nem pára.
Somos dois pervertidos que se amam como duas crianças. Muitos pesares, tristezas.
Mas a certeza que não estás sozinho, nem nunca estará enquanto eu estiver viva.
Não tenha medo do estrangeiro que possa roubar os meus olhos e fincar meu coração.
Ninguém roubará o lugar que tu tens dentro dele.'
- Divindade Suprema, Deus, protegei os nossos corações e as crianças. Sempre.
Meus queridos, meu amores, eu amo todos vocês.
Feliz Natal!
sábado, 19 de dezembro de 2009
Com uma luz solar banhando os pés
Não era minha voz a me chamar
Tic - tac...
Rodava devagar os ponteiros do relógio
Fixaram-se os olhos meus
Levantei com tédio, sem fome, com cansaço.
Não era mesmo pra eu ter despertado ainda
Os dias são mais barulhentos. Foi até o que pensei.
Versos embaralhavam-se em minha mente, mas fugiam, como se não me quisessem.
Mas um sorriso rodeava, meio que sarcástico e sereno.
Um café, pra acomodar os corações dos seres apaixonados.
E por que não viver assim?
É o sabor da vida. É um dos segredos.
Saudei-te, dia. Como saudaria a noite.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Uma Daquelas Manhãs
Em que a chuva rouba a cena
E nos movem os olhos
A ver estrelas
Na cama sem beira
Um som instigante
Tão afável quanto as flores
Que suspiravam lá fora
Ares de outras cores
Superficial e variável
Era uma daquelas manhãs
Em que o sol não acende
E o frio é apreciável nas veias
Como algo que instiga
Pus sandálias e tirei as correias
E o canto da chuva espreitou
Uma apreciável história sob a mente
Longíqua e clara
Elevada de intensos anseios
Ao corpo quente
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Oscar Wilde
Vou passar um tempinho sem escrever aqui no blog. Pois desejo escrever por este tempo palavras para mim somente. Não que seja egoísmo meu. Mas é que quero ser autêntica comigo mesmo ao menos. E assim eu consigo sê-la. Já que as pessoas não compreendem muitas coisas que acontecem ao seu redor. Eu não posso julgá-las.
Abraço grande. Até!
:-)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Desabafo
Último mês do ano chegando.
Parei um pouco a pensar como este ano atravessou rapidamente, com tudo acontecendo também rapidamente. Estava adormecida há algum tempo. E eu me sobrepus sobre. Acordei com a luz direita no meu ombro. Não tenho absolutamente nada a reclamar, mas procurar entender todos os fatos que aconteceram ruins ou não. Tudo o que se passou comigo ou com alguém querido de fato difícil me fez crescer a alma como uma flor que germina através das forças do mundo. Mas nunca estar de acordo com ele.
Eu não posso reclamar de nada, porque eu ganhei das forças divinas belas criaturas que me fazem um bem a me completar. Eu não preciso de mais nada.
Odiei o tempo e quem estava nele, e hoje eu concedo minha luz, meu sorriso a este ser, reciprocamente. Surpreendeu-me.
Dei-me o valor às boas pessoas, e por mais que elas sejam muitas vezes egoístas, eu não as deixo, porque as reconheço a alma. Não me perco nas pessoas estranhas para mim, atendo quem me faz bem. Muitas delas imperfeitamente, mas porque também sou imperfeita e egoísta como elas.
Eu as amo.
Sinto-me hoje mais livre, com o coração cantando ao vento, os olhos embolados, as mãos incansáveis.
Sou uma criança feliz.
É melhor eu parar por aqui!
"Mains velours que j'ai touché son épaule, avec une belle lumière à me traîner devant le front. Touché moi comme un être imaginaire et d'ami. Et j'ai dit - je suis toujours, toujours avec vous. Je sentais leurs ailes balayer mon esprit pour aller avec mes mains et mes yeux. Je ne suis pas un visionnaire, mais un sentiment humain."
“Mãos de veludo me tocaram o ombro, com uma luz encantadora a me arrastar a testa. Tocou-me como um ser imaginário e amigo. E me disse: - Estou sempre, sempre contigo. Senti suas asas varrerem minha mente a ir embora com minhas mãos e os meus olhos. Não sou um ser visionário, mas um humano sentimental.”
Às pessoas que eu tenho um grande afeto. E sabeis que são. É tudo o que me faz ser.
À Natureza. Aos Anjos.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Feliz Aniversário, Sâmela.
Hoje estou prestando uma homenagem à uma amiga querida a qual eu tenho grande consideração e uma amizade muita parceira.
Desejo-te tudo de bom que há neste mundo. E que tu possas realizar os teus sonhos e anseios. Sei da tua capacidade, querida.
Obrigada pela existência sua e pelas tardes de conversas no colégio. Obrigada pela sua amizade e por tudo o que fizeste na minha vida.
Tu foste e serás sempre uma criatura especial.
E é por isso... Que eu te amo, sua feia!
Obs.: Foto por Samy.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Sorriso Inocente
Brincando com o vento
Fui buscá-la ao meu abraço
Sorriu um sorriso sem pedido
Saudoso e belo
Uma inocência que me sorriu
Sorrisos recíprocos
Seus cabelos fincavam tão finos
Pequenina e amável
Como quem soprasse estrelas
Havia anjos azuis em sua cabeça
E uma saudade que acelerou
Não há nada mais belo
Que o sorriso de uma criança
Emoção acertada
Na medida da alma
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Ofício
Inquieto e profundo
Lavrado de cores incompletas
E outras sem formas
Esfinge pendurada na face
Conflitante e impulsiva
Duas mãos sem sangue
Dobráveis sobre o papel
Olhou-as olhos faceiros
Como quem quisesse acalmá-las
De uma convulsão que tivera
As letras vieram
Pediu-se uma flor e um café
E dedos puros
À mente sonora
Um vento brando
Calado e mudo
Autêntico
domingo, 15 de novembro de 2009
Obrigada, humilde poeta.
'Porque a poesia nunca é do poeta. Mas de todos que a lêem.'
Sina do poeta
É dizer o não dito.
É sentir o sabor das coisas
e nelas se lambusar.
Sina do poeta
É achar o oculto
dentro do obvio.
É vê nas entrelinhas
e nelas se entrelaçar.
Sina do poeta
É procurar a poesia...
Nas sombras da noite.
No céu estrelado.
Ou alvorecer da aurora.
Dentro de uma chuva tempestuosa.
A siina do poeta
É um verdadeiro desatino.
É um andar descompassado.
Que troca passos com o vento...
Fábio.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Vem me visitar
Escuto tons
Vermelhos a manchar
Velho aroma
À sombra desta face
Que me invade
Como um punho forte
Feito a voz
Que aperta
O meu emblema
Me invade
E vem demais
Vasto demais
Curto demais
Rondar no mar
Sentindo o teu silêncio
A navegar e cair
Nas ondas pensas
Alma a mais
Brilho jaz
Fonte perto
Eu quero bebê-la
Tua perfeição
À cerca das estrelas
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Hoje está tudo errado. Eu estou errada, eles estão errados. Chateações, preocupações. Não estou à toa em aceitar injustiças ou feições taciturnas como a deles. Não sei como conseguem por si só esta proeza. Não sou indisciplinada. E talvez me julguem algum ser de um outro planeta...
Desestimula-me muito a má educação concedida. E por ser sincera a vós, entedia em um certo tempo estar ali, constantemente, todos os dias. Desejaria esta vida sem obrigações, Deus. E talvez pudessem chamar-nos de acomodados. Mas não. Meu espírito está amarrado à liberdade, a tê-la necessitadamente.
À má distribuição da educação... Não tenho modos a apresentar. Não sei de quem é a culpa de tanto desinteresse.
Bem, hoje parece mesmo que tudo está errado, e o mundo vasto não está de acordo com o meu coração enjoado. Muita loucura, muitas pessoas, carros por todos os lados, fumaça, crianças no chão, gente sem fala... Deus, onde estou?
Rumei à minha segurança. Lá e em outros jardins é onde me encontro. Como nestas linhas tortas.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Desconexas
Estava sentada assistindo a um documentário ainda pouco. De repente começaram a soprar estas palavras na minha mente. Então deixei que viessem. Mesmo que desconexas. Vou dedicar a escrita a um ser incrível e amável. Acho que foi para ele. Pelo seu dia, Izavanna.
Correr como quem fosse de encontro
Com um sorriso tímido às vozes serenas
Gélida espessura do dia
Correr com desenhos nas mãos
À brisa fria a tocar o coração
Espantado e profundo
Quentes mãos à sombra da luz
Calorosa luz abrangente
Fincar flores nos jardins desolados
Só, unicamente só.
E hão de conceituar um estranho
Estranho que estranha-os
Só por que corres com feições amáveis?
Correr com os pés descalços
Saboreados de destinos
Abrigos, perigos, sondagens infinitas.
domingo, 25 de outubro de 2009
Suave
Vou deitar sobre teus cabelos
Gritantes e convulsos
Em que não haja cálculos de entonação
Ou premências artificiais
Onde me caiba ardentemente
E que nos olhos teus eu mantenha as forças
E as perca logo mais
Quando eles me fizerem envolver-se
E que eu te acolha com as mãos
Trêmulas e exaustas
Para que possas descansar
Perante a penumbra do espelho
E a luz dos meus versos
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Emblema
Sol, calor escaldante sobre suas vistas. Acariciando as testas cansadas de caminhar por onde a vontade quisesse que fossem. Por aí. Rondando os ares a trocar palavras sensatas e adversas.
Velha roupa, pintada de azul, brilhando. Mente aérea, receosa, dúvidas imensas. Seres voadores, viajantes.
“Acho que já caminhamos por muito tempo por entre essas estradas. E o sol parece torrar meus pés!”
“Sim. Pelo jeito teremos de parar um pouco a caminhada.”
“Olha! Vamos descansar perante a sombra daquelas árvores.”
À base de uma enorme árvore sentaram-se em menção de não mais levantar. Um cansaço árduo. Mas não pareciam desistir de uma jornada longa que haveriam de prosseguir.
Sombra, água, companheirismo.
“Ótimo. Aqui está muito bom...”
“Não sei por que sentes que devo seguir.”
“Sei que sabes. Teu coração é quente e acolhedor.”
“Talvez possa ser. Sinto que os deixo bem. Mas não sei por que segues comigo.”
“Não se faça de escuridão à tua face. Não combina nada contigo. Sigo contigo porque devo seguir e não importa o que me digas, eu estarei notoriamente em tua presença.”
“Agradeço-te tua magia, luz, contato das minhas mãos. Sinto-me a rondar este turbilhão de formas que aparecem em meus olhos. E posso desvendá-las com o tempo que vamos indo.
“Como és! Não tenha medo de evidenciá-las. São tuas. E te faz ser. Aparecem para que possamos estar fortalecidos sobre nós próprios. E serão belas depois de um tempo. Creia. ”
“Que confusões... ”
“ Que ser engraçado que és! Por isso gosto de estar aqui. Gosto da tua alma.”
Sol, calor escaldante sobre suas vistas. Um vento forte e fresco soprando as folhas e seus cabelos molhados. Avistaram-se sem troca alguma de palavras, somente comprovando os teores das almas tão avessas.
De repente uma flor desaba no chão tão delicadamente que lhes roubam a atenção de um modo tão bucólico...
“Não a vi cair de lugar algum.”
“ Sim. Parece até que nos veio voando. Sem rumo assim como nós. ”
“Ela parece sem rumo. Mas está tão bela e perfumada. ”
“Veja só! Não tem uma das pétalas. ”
“Sim... E voa sobre os ventos com o mesmo ar que pudemos tê-la encontrado. ”
“Está indo novamente! Mas como pode? ”
“Silêncio. Ela renova-se a cada lugar, até que possa fixar seu perfume em cada um deles. Ela não é egoísta.”
Fora subindo aos ares a flor tão bem disposta depois de exalar seu perfume afável. E o vento rude a levou até que suas vistas não avistassem mais sua beleza tão delicada e pura.
Alguém abaixou a cabeça como se pudesse sentir a alma de outrora ou ver rostos no abismo de seus olhos.
“Preciso ir até lá. Àquele lugar onde minha alma derrama leveza, onde minha mente não perdura nenhum pensamento afoito. Onde meus risos são verdadeiros, os ventos são calmos, o céu estrelado. Onde me encontro comigo.”
“Vamos... Seguir-te-ei.”
“As pessoas são estranhas quando você é um estranho...”
“É o sabor do egoísmo demasiado nos humanos. Cordialmente visto por nós. Sois grandes mentes comedidas, à custa do tempo, à espera dos ventos. Não tenho a competência de julgá-los, mas de admitir os fatos. Não toque na luz, terno ser. Porque ela virá a ti. Continuemos a andar, pois precisamos ainda achar o caminho.”
“Certo. Não sei por que não evidencia a verdadeira estrada.”
“Ela está em ti. Preciso guiar-te somente. Não se preocupe. Vamos somente buscar estrelas e voar junto à elas."
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Um dia nós vamos encontrar estrelas, destelhar as casas, andar pelas ruas livres, com sanidade.
Um dia nós vamos amar. A um só, a todos. Amaremos a simplicidade, o sorriso das crianças, o nosso amadurecimento, a humanidade.
Nós correremos pelas areias que eu quero que conheças. E estaremos semelhantes aos pássaros. E a brisa concederá a energia dos mundos. E haverá seres iluminados sorrindo para nós.
Um dia estarás a cerca da minha vida. Eternamente. Eu não vou deixá-lo sair dela. Porque fôramos feitos para estar com as mãos entrelaçadas. E não irás nunca.
Vamos marchar juntos às novas vidas. Vamos criar planos, projetos, para nos ajudar, para ajudá-los.
Nós vamos vivê-la, a vida, como quem sonda sê-la de verdade. E os nossos olhos estarão sinceros para percebê-la.
Talvez um dia caminhemos com a mão esquerda separada. Mas a direita não estará. Viveremos sobre as margens dos rios.
Amar-nos-emos pela vida eterna. Um amor que não celebra corpo. Somente a alma.
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Verdade Árdua
Sorridentes e cansados
Premência a responsabilidade
Jovem como as flores que desabrochavam
Mãos de luta
Jovem criança
Uma lágrima sob meus olhos
Sincera e dolorida
Saudações e sorrisos
- Mãe, uma jovem criança...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Melodia
Dá-me um acorde de dó...
Enquanto os pássaros acompanham a melodia
Enquanto toco nos ares minhas mãos
A sujá-las sobre os perfumes das flores
Dá-me um acorde de lá...
Enquanto transcende em meus ouvidos essas formas
Então suaves, sensíveis, frágeis, afáveis -plurais de bondades-
Como as cordas vibratórias
Dá-me um acorde de si...
Meio descompassado
Embriagado como os meus sentidos
Para que me faça abrigar sobre as redondezas infinitas
Da alma
Levando algo em minha mão direita
Sem pretensão de largar
Dá-me um acorde em dó...
Dá-me o compasso certeiro!
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Um alarido!
E minha alma volveu-se de luz novamente.
Sempre que esta feição alva me tocar. Assim será.
A sombra escura que outrora consumia-me desapareceu tão emblemática.
Parece que senti 'a alma sensível' adentrar-me com sincero afeto.
Florestas alvas, flores falantes, sorrisos constantes. Sonho. Borboletas.
E pairavam seus cabelos belos ao vento, sentindo deveras a liberdade da alma.
'Verde alvo'.
Melodias ecoam ao longe por sentir-te a sensibilidade afável como as nuvens andantes.
Lúmen, forte lúmen desvairado nos meus olhos. Eu gosto de senti-lo, gosto de estar perto das verdes paisagens.
'Tempo nublado, na serenidade das almas, sinceras, afáveis, delicadas, sensíveis. Tarde chuvosa sem cinzas alguma.'
Sentir é estar perto em sintonias. É escutar a voz verde luz.
Carolina.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Carta
Não. Eu não sinto nada. Só um imenso vazio pendurado no meu peito.
E uma vontade de vomitar. Na minha própria cara!
Ele integra um ar agoniado, nostálgico, que me mata decentemente.
Merda!
E os meus travesseiros ficaram molhados na noite de chuva
Em que meu espelho quebrou-se sem que eu pudesse tentá-lo reconstruir.
E um grito, como uma criança, estalou da minha boca.
E nada, absolutamente nada saiu dela.
Não tinha braços, nem pernas, nem cabeça.
Só olhos dilacerados, buscando alguma luz.
Só lembrança sincera. Dor terrível.
E medo. Medo de não encontrar mais poesias na minha vida.
‘Não quero mais descrever. Não me peça, por favor.’
Carol de Abreu
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
o meu veneno que sacia tuas veias.
Eu vou deixar-te volver a minha alma,
porque ela é meu bem mais presente.
Eu vou deixar-te sondar ao meu respeito,
pra refletir sobre como me queres
Vou tocar-te os cabelos molhados
quando se banhares no meu riacho
Eu vou deixar-te emprestar meus ouvidos,
pra que eu possa te acalmar
Quando girares tua mente ansiosa
Eu vou te cuidar
Eu vou te cuidar, meu amor.
Carolina.
domingo, 20 de setembro de 2009
Saudações Lunares
alcançando as alturas.
O infinito deu tregua e quer se entregar.
E abre um mundo de sonhos
que tem sede e mergulha num rio sem fim sob a luz inten.. saudosa e lunar.
Mostra-me a plenitude da noite,
a tua face,
deleitando sob os meus sentidos
etérea paisagem,
que me alucina, domina,
desvia-me às vias plenas.
E pelo vento induzida,
vem trazendo a eterna leveza,
Por lá estais,
quimeras afáveis.
Carol e Luciano
sábado, 12 de setembro de 2009
Amizade
Senti minhas pernas fraquejarem. Em uma impotência sobrenatural.
Passados uns minutos sondaste-me aflito, com uma sombra na voz, clamando forças aos quais eu precisava conceder-te. Compreendi a fraqueza das minhas pernas. Acho que foi uma horrível sintonia que nossos sentidos tiveram em cumes sobrenaturais.
Quis somente abraçá-lo. E nada de palavras. Quis fazê-lo sentir a essência de Deus diante da vida. Mas escutava somente sua voz, aumentando analogicamente nossas aflições.
Ver-te em olhos perecidos é perecer-me o meu também. E senti-lo amável e maduro diante das circunstâncias cruéis que a vida nos impele...
“Preciso de você.” Escutava em silêncio nos teus olhos.
“Minha querida, havia tantas crianças naquele lugar. Mas elas sempre pareciam felizes, como se suportassem tudo o que lhes aconteciam.”
Sorri serenamente um sorriso singelo.
“ Toma como valor à tua vida tudo isto. E vê que a vida não é esta alusão à própria morte. E que apesar dos encalces, tem sempre uma flor que germina com o tempo. A todo o tempo.”
“Estou sentindo dores nas pernas.”
“Eu também, meu querido. Mas parece que nossas mãos estão sempre entrelaçadas...”
Carol de Abreu
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Serenidade
Demorou para que viessem... Mas clamei e até que chegaram, enfim. Era como se necessitasse tê-las à minha alma e incrustá-las em sintonia no papel. As letras são minhas eternas amantes. E também de tudo o que há nos meus olhos.
Necessitava tão demasiadamente! Porque minha alma estava plena como há muito não estava. E nas minhas mãos o toque de uma borboleta...
“Depois de um fúnebre enterro, ressuscitavas com um toque suave nos olhos, com os cabelos volvidos ao vento, como um ser reduzido, mortal, que decifra a vida sem palavras, e que sente o amar nas criações divinas.”
Depois que sentimos o coração relaxado, o destino - este virtuoso - revela-nos tantos fatos verídicos e até mesmo inesperados. Ele é sábio, não tenham dúvidas.
E eu devo dizer-lhes que hoje eu sorri ao vento acariciando as palmeiras à tarde, e ao galo cantando com um ar afoito e bravo, ao ouvir as vozes dos que me completam definitivamente, e desenhá-los em minha mente para que nunca mais se desfaça. Hoje eu sorri porque eu recebi belos presentes que me avivaram o ser, e um deles tão inesperado. Estou feliz pelo fato, e por saber e ter a honra de sentir a beleza que a alma das pessoas possuem em uma tremenda simplicidade.
A todos vocês a minha doação, minha amizade, meu verde amor.
“Vê. Repara bem nos meus olhos.
O resto é algo que não importa.
Sente meu coração oscilar.
Sinta-me. Para que então possas falar-me.
Tudo o que sou paira nos meus olhos
Como um espelho sobre a minha alma.
Assim me disseram...
Meu apego, meu amor por vós, seres.
Minha eterna imperfeição.”
Carol.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Fascinação
Frestas de luzes pairavam sobre suas formas. Incrivelmente belas!
Entrei a tremer as mãos e sentir como se estive a flutuar em um remoto tempo.
Fitei-o, como a minha alma.
E soou o sino a chamada de um anjo a conduzi-lo.
E começou...
Foi quando senti a força de seres afáveis ao meu redor, como se quisesse por alguma vontade sem explicação querer estar ali por um bom tempo. A sentir um aroma pairar em minhas narinas e as cordas à minha vista.
Consumiu-me dentro da alma as cores da melodia, as cenas e fantasias... Reconheci-me como sou.
Vi o anjo embalar suas mãos com sesibilidade demasiada. E eu senti sua paixão pelo piano de calda. Desvairei-me em emoção.
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Embriaguez
Estou com frio... Sentando à beira de um abismo com litros e litros de álcool no reflexo de meus olhos, perdurando imagens em minha mente inflexíveis.
Soou o vento teu perfume nauseando meus sentidos. O que deturpa meu corpo ao teu, à minha alma freme. Rompeu-se um clarão assustador e uma vibração a atirar-me naquele buraco negro em frente às minhas alucinações dementes.
Voltei-me aonde estava com um impulso inumano, como se uma força bem maior o fizesse.
Caí no chão gélido e molhado com um cansaço... Das mãos, pernas, braços. Costas e a mente.
Havia um espaço tão vazio naquele lugar, mas eu não tinha pretensão alguma de retornar aos fantasmas de qualquer cidade povoada mais próxima.
Adormeci naquele estado de loucura com o frio assíduo golpeando-me a pele, e, um coração infracto por mãos precárias.
Carol de Abreu
Até Logo
Senti-me sem um senso amistoso à minha mente
Pois retiraste todo e qualquer um
Cavou-me uma sombra tão espessa
Como ao remoto passado teu
Senti minhas mãos desmoronarem
Como uma esquiva bandeja ao chão
Molhadas de um gosto amargo
E propus meus olhos a avistar-te na janela
Com os cabelos volvidos ao vento
Uma branda agonia desvairou-se
E o meu peito pulsou um coração apressado
Pressentindo uma estrada a afundar-se
Como um sopro que fora dado ao meu corpo
Não te vi dar-me Adeus
Nem me acenar com tuas mãos
Carol de Abreu
sábado, 15 de agosto de 2009
Deserto
“Não consigo achar-me na plenitude dos mortais”.
Embora lhe coubesse todas as formas afáveis de viver
Escondia às pressas seu semblante avermelhado e incompleto
Como se alguém lhe tivesse tirado um grande pedaço da vida
Embora seus sorrisos bailassem uma fragilidade existencial na alma
Corria sempre ao som das marés nitidamente. Sempre.
Era-lhe anseio afogar-se nas águas límpidas e escuras
Tragando aos dias seus vícios. Deteriorando-se.
Pessoas lhe pairavam sombra na cabeça
E uma angústia irreal lhe corroia as veias
Não lhe compreendiam a alma delicada
Não lhe compreendiam as formas sensíveis
Nem o nada, nem a fresta de luz, nem as águas.
Reprimiam-lhe os olhos.
“Não consigo achar-me na plenitude dos mortais.
Parece que só existem rosas cortadas em vossos punhos”.
Carol de Abreu
domingo, 9 de agosto de 2009
Pai
Ele anda em um universo inalterável
Em que não se pode entrar nem desvendá-lo
Seus olhos são aptidões em observar razões
E no seu coração soa doçura
Apesar da voz brava e incontrolável
Eu sou parte sua
És parte minha demasiadamente
És fera, carrasco, arcaico.
És amor, heroi, graça, sonho, futuro.
És-me.
Carol de Abreu
sábado, 8 de agosto de 2009
Algumas Palavras
Torna-se até esplêndido o modo como a corrupção aqui no estado do Amazonas perdura.
Nem mesmo o fato de saber que há mais de 50 anos essa mesma “corja” que hoje reclamas a falta de senso, lidera tudo imensamente.
Pensei ou pensávamos que haveria nestas últimas eleições alguma mudança benéfica. Mas, honestamente, ninguém dispôs por ela. Incrível mesmo é como há servis do sistema, e como a “corja” os corrompe a uma maneira de favorecer-lhes a vida, quando de certa forma estão os desprezando tacitamente.
A política, aqui, reside pôr sobre os panos encoberta de sujeiras. Não ao fato de ser pessimismo, mas ao buraco que se sucede os fatos... Hão de acarretar-se em uma desordem. Se não quiserdes aspirar uma mudança.
Já sobre os estudantes... Perdemos o direito que havíamos conseguido. E a todas as organizações que visam os benefícios dos estudantes? Onde estão? E os estudantes? É triste esta situação.
Não sei o que está se tornando esta cidade. A imundice está surgindo à nossa vista – literalmente!
Onde estamos de fato? Não temos a vida decente que deveríamos ter, mas por consequência indireta de nós mesmos.
domingo, 2 de agosto de 2009
Aura
Desponta tão fremente, cáustico.
Em tons laranjas
Amarelos focos de luzes
Tem uma flor suspensa em um galho
Quase que para soltar-se
E ela marca os meus olhos
Assiduamente todas as tardes
Jorra uma fonte de agonia
Em minhas mãos ansiosas
E eu lhe lanço um silêncio nos olhos
Lanço-lhe um silêncio que a faça desprender-se
Desprender-se em minhas mãos
Carol de Abreu
Metal Amarelo
Anseios multiplicados ao extremo
em uma intensa onda
Estás a par
com desejo de regresso.
Passam-lhe tantas pessoas fantasiando besteiras
Que se chega a achar pérfidas suas linguagens
Não se sabe em que universo sua mente reside
E nem em que mistério pensas ao dia
Nem mesmo desejos sobre desejos
Talvez ande mesmo distante do tempo
Só, pairando em seus próprios sons e cores.
E no seu rosto dançam borboletas
Belas como os seus cabelos
Sensibilidade das suas feições faceiras
Encarcerou-se porque sua alma é transcendente
E estás com uma metade dos olhos poética
e outra inibida e sem vida
Carol de Abreu
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Desastre
Cubra-me o rosto desses massacres imateriais
Em que sois a fonte de alimento
Para estas nossas civilizadas crias
Num intuito desmerecido que elas nos concedem
Sem gratidão às formas de nosso suor
Cubra-me o rosto desses massacres imateriais
Pois estas mãos pecaminosas
Avassalarão idéias monstruosas e egoístas
Sem que percebais a verdadeira face abstrusa
E padecerá meu Berço Esplêndido sob estas mãos malditas
Carol de Abreu
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Algumas Palavras
Saber quando é a hora, estar disposto aos riscos, acreditar em si. Leva-se um peso nas costas, pois estás aprendendo a maturidade, a consciência. E são importantes à sabedoria humana.
A vitória é brusca e requer coragem, disposição, vontade. Não acredites que possas conseguir tudo em mente sem um esforço. A não ser que não possuas honra e enlouqueças à mão impiedosa dos homens crús.
A vida nos concede desafios e precisamos estar a par e disposto a vencê-los. A capacidade foi feita a cada um dos seres, entretanto, apenas alguns a encontram.
Brincar é bom, mas correr é melhor ainda.
Carol de Abreu
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Ânimo
Sinto um freme que estremece a cúpula
dos membros ante um encontro encanto
Derramando aos meus olhos clareza
e à minha alma espanto
Espaço aéreo ao fim do dia
enquanto uns rebentos ao longe
firmam-me em uma sintonia
revogando-nos suavemente
Escassez das sombras
Serenos sentidos
Buscando a fonte de outras formas
Carol de Abreu
segunda-feira, 15 de junho de 2009
“Não suporto o belo assíduo. A perfeição está na simplicidade de um ser. Mas adoro, em acedência , as duas superfícies da mesma face. Dúbios sentidos meus.”
Declameis a fábula que tua alma almeja e alcança-a. Seja ela qual for, determine a rigidez dos fatos a um impulso que possas realizar sem medo. Não existem contos certos ou errados. Existem pessoas sem alma. Viva a fábula da tua vida. Sabemos que o mundo é egoísta de mais, portanto, viva poesia!
Celebre o nascer do sol. E ao fim do dia a mescla do dia e da noite dando boas vindas.
sábado, 13 de junho de 2009
Fantasma
Tem um lugar em seu peito que pulsa amor
E os seus olhos são fantásticos
E muito bem avermelhados
Tem os braços da cor da neve
E sua face é bela como as flores
À noite, quase sempre
está em febre.
Parece um ar que suspende mistério
Ou doçura, ou um assaz egoísmo.
Ou antipatia.
Vai rondando o céu
E seu inferno dissolve-se
Concedendo flores em alguma via
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Certo Dia Na Cidade - Barão Vermelho
Já nem sei quanto tempo faz
Ele foi como quem se distrai
Viu na cor de um som a cor que atrai
Foi num solo que não volta atrás
Tchau, mãezinha, fui beijar o céu
A vida não tem tamanho
Tchau, paizinho, eu vou levando fé
É tudo luz e sonho
É tudo luz e sonho
Eu vou viver, vou sentir tudo
Eu vou sofrer, eu vou amar demais
Ei, garoto, a força que me conduz
É leve e é pesada
É uma barra de ferro jogada no ar
Eu vou levando fé
Eu vou levando fé
Vontade de pôr aqui esta letra...
"Envolve o céu brilhante e o pinte de vermelho. Não! O pinte de amor. Sangrando a alma com uma mágoa. O pinte de amor..."
quarta-feira, 10 de junho de 2009
ESFERA
I
Suspendeu-me
Retraindo uma nota
de uma melodia bela
Como se fosse a última vez
-Que tocar-se-iam.
Havia cheiro de flores
em sua pele astral
E um silêncio aguço
perpassado pelos estalos dos lábios
Consumi à última gota
Como um gole insaciável
Tua saliva beirando à loucura
Anseios à identidade informal
Pulsando as cores
e desdobrando a escuridão
II
Converse à sombra quente que te afaga
Pressinto neste historiar tua fonte
A dor presente na escada
E um sangrar que não mata. -Não matou.
Toma um braço meio estranho
E deixo-o te encaminhar para todo o sempre
Estreitando nossa proximidade
Converse à sombra que te afague
E aonde for poetizar
Encarcera-me no teu brandir de anseios
Quando não pressentir uma amnésia daquelas melodias
sábado, 6 de junho de 2009
NARRAÇÃO
Não viu-se privado das mãos que outrora o concedia flores.
Foi ferido os olhos e sua silueta. Conceituara-lhe um fantasma, colorido.
Mas ao que parece, sua alma não fora despovoada.
Mas sua mente pesou, o vento o volveu de verdades.
Fora ao inferno várias vezes possíveis.
Fora ao mar vencer as ondas, e replantar no implantável a raiz da árvore mais suspensa.
Suas mãos correm lado a lado sobre as delas
Incomunicáveis caminhos ao redor de duas faces
-Assim como voam os condores talhando as nuvens.
Seus dedos pincelam sobre o papel suas próprias formas ao redor das formas dela
Há também as notas de uma novela, e o tempo de constância.
Data as flores em sua memória sagrada e silenciosa
E em sua boca um vazio alarmante dito de ventos
O Crepúsculo não é somente este sol contente
Que desponta em sua aresta
Este canta com aflição seus devaneios mais remotos
Seus cabelos andam desmanchados com desenhos inalteráveis
E vê as flores despontarem ao lado de fora de sua aresta, vaga.
-Pois sua alma jaz morta há muitas estações.
Vê um infante surgir à uma nova vida. À vida contrita dos mortais.
Em sua mente rondam virações perturbantes
Cheias de caos e amor
Sua alma tenta uma outra porta
Ele espera a loucura em formas belas por lá
Delineia o orbe simétrico com as pontas dos olhos
No desejo aguço de tocá-lo em seu corpo
E embaraçá-lo com todos os seus movimentos
Anda sem pressa este iniciante das águas
Com suas agitações e devaneios nada evidentes
Com uma bússola aleatória cheia de anseios
E um silêncio que lhe ronda todas as noites
Em sua aresta, vaga.
Perpassa o horizonte em menção de paz
Almeja o brilho de seus próprios olhos de outrora com um teor a mais
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Dia Mundial Do Meio Ambiente
Hoje se comemora o Dia Mundial Do Meio Ambiente. Foi criado, com certeza, no intuito de conceder a todos os seres coerentes, consciência do quão é importante o termo “preservar”.
É irreversível o mal que podes cometer ao ambiente em que vives. Seja ele qual for, volver-se-á sempre a todos os ambientes, inclusive ao que poderás iniciar a deterioração.
São sensatas e astutas ao mesmo tempo as colagens de conscientizações nas paredes colegiais ou áreas livres aos públicos. Na verdade, não se sabe se o que vemos ali é um certo poder de conscientização realmente. Mas há de fato por trás das fontes, sempre, um emblemático desejo de nos sondar à mente mudanças.
A verdade está ao nosso lado, e somos seres que temos a capacidade de modificar, através de noções próprias, o que há de errado, o que destrói, o que cessa a vida.
Façamos a diferença nos fatos consumados nas TV’s. Façamos um ar suspenso e brando aos nossos descendentes. Faça desde já!
Preserve o meio em que vives. Mas faça desde agora.
terça-feira, 2 de junho de 2009
LUBRICIDADE
Como é estranho este teu sabor
Dissolvido de outras bocas
E tua pele infernal
Amontoada de desejos
Como são letais estes teus olhos
Famintos
Farejando em teu rodeio a loucura
Onde compartilhaste em outras eras
Outras bocas
Formas nuas
Rompem-se assim
Um gemido estrondoso
E um vazio em nosso peito
A escuridão perto de mim
Carol de AbreuFeliz Aniversário, meu querido!
Uma homenagem ao meu irmão pela sua existência.
És umas das pessoas mais importantes na minha vida. Tens uma grande personalidade admirável e um espírito solidário imenso. Parecemo-nos em alguns fatos, em outros nos desafiamos!
Não há palavras que indiquem o meu grau de amor por ti. Espero um dia conceder à tua vida, ao menos um terço, do que fazes por mim. Tenho-te muita gratidão.
Mano, tu és um dos seres humanos mais argutos que já me cruzaram e tens uma missão nesta vida. Tens um brilho natural. E em teu caminho, trilhos afáveis.
Desejo-te amor, paz, paciência para chegar onde queres, sabedoria e inteligência. Que o Criador o abençoe sempre e caminhe contigo sempre. Meus parabéns.
Carol de Abreu
domingo, 31 de maio de 2009
COLAPSO
Julgaram a menina massacrada pelas grades
Conceituaram seus olhos como obscuros
Enquanto ela expunha sua alma como um veneno
Que deteriorava suas entranhas
Suas alamedas consentiam em ser aquilo:
Um vazio, um perecer.
Enquanto ela expunha sua alma como um veneno
Que deteriorava suas entranhas
A penumbra assombrou-lhe como uma amante
Fiel companheira
O abismo desvairou-se em seus ombros
Foi mais que um alívio
Fora ao mar deleitar-se de águas
Voejar como suaves andorinhas
Feito tua face
Julgaram-lhe inerme, imperfeita.
Dita de virações escuras nocivas
Pois nem souberam ler-lhe as mãos
Nem tão pouco uma particular essência
Não souberam associar-lhe às próprias vivências
-Egotismo.
Clara
Clara
Romperam-se os laços como se me tivessem retirado um amontoado de sonhos. Lembro-me que me socorreram quando abismei o chão e vi uma espécie de penumbra encobri-me a vista.
Era uma tarde ao início da noite corroendo-me as veias. Havia muitas pessoas intercaladas ou berrantes ao meu lado como se nada houvesse. E realmente não havia - para estas.
Depois do inconsciente as estrelas no céu pareciam sintonizadas em alguma espécie de sentidos meus. As nuvens eram totalmente desproporcionais à minha vista então branca alucinante. Havia crianças rondando as árvores e sorrindo.
Não saberia dizer o que era e onde estaria eu com todas aquelas imagens em uma visão de um outro mundo sonoro. Senti uma pressão imensa em meu corpo quando caminhei em direção às árvores enormes. Tomei um gemido agudo, mas as crianças não escutaram o alarido.
Veio-me à mente não sei de onde meu próprio rosto pálido e adormecido. Multidões dissonantes. Mas estava eu ali. Uma loucura esta visão!
Agoniou-me o corpo como se eu fosse perecer diante daquelas maravilhas misteriosas que eu admirava com algum receio. Palpitei minhas mãos entre as estrelas como se as tocasse, com uma imensa dor inefável e em alguma parte de mim.
De repente! Foi assim. De repente lancei-me sem precisão ou desejo novamente àquela multidão olhando abismada para mim. Estava de volta a um verdadeiro abismo agudo.
Fixei a multidão com os olhos mortos, pois a sua luz jazia naquela outra “dimensão”.
Impulsionaram-me, levantando-me, novamente a tudo aquilo.
sábado, 30 de maio de 2009
Subconsciente
Adoto a solidão e o silêncio que me cega
Na pretensão de ser-me na hora exata
Naquela busca espantosa, branda, atingível.
Eis que, a conquista.
Recorrem-se num imenso espaço
Em que sou atmosfera
E a loucura de pensar decorre de outras sondas
Antigo ambiente que me abisma
Prossigo atmosfera
Desde um alto onde me caiba
Muitos pedaços de ares sem cobiça
Onde seja eu vento, cores, aromas.
Nuvens, flores, canções...
Cristais.
Carol de Abreu
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Primeira Passagem
Aos meus amigos:
Tenho amigos parecidos com as faces da lua. Só que eles se encontram em uma imperfeição... Esta imperfeição que eu amo com todas as forças. Tenho amigos com espíritos rebeldes como o meu, com sensações instigantes como as minhas, com sonhos aéreos como os meus, com as mãos parecidas com as minhas – amigas-. Eu os tenho em cada parte do meu ser, eu os tenho com devoção. Compreende a real amizade que há diferentes opiniões, diferentes reações, diferentes sentidos. Há a compreensão dos fatos. Há o amor. Eu tenho beleza nas minhas pálpebras porque tenho meus amigos no meu peito inquieto. E eles me são a fé que a vida em suas proporções nos concede. Os meus amigos são dádivas divinas.
Carol De Abreu