quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mar

Ó bravio mar solto,
revolto às procelas do meu rosto,
encorberto ao som do exato golpe nas pedras.
Águas de imenso mistério profundo,
do mais nítido azul-esverdeado,
escuro, nítido, breve, tardio.
Singular eternidade que se perde no horizonte:
A Vida de Deus.
Pequenino ser humano sou eu,
na lonjura dos lábios Supremos dos céus,
com os olhos finos ardentes dum choro manso.
É mesmo esta distância da grandeza do Grande Ser,
distância ao qual remonto minhas mãos com um espanto,
e digo sorrindo sobre nossa desprezível força diante do Mar Bravio, Eterno, Belo.

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