domingo, 7 de novembro de 2010

Flor,
doce flor,
acorde para o ar afável que te abriga.

É amanhã mesmo que as folhas desagradáveis passarão,
porque as pétalas desabrochadas de suas mãos são finos tecidos presos.
Quando soltos, abrigam a calmaria das ondas no auge.

Flor,
doce flor,
acorde para o ar afável que te abriga.

Acorde para o mesmo ar estável de um sorriso,
breve, belo, conciso.
Os cilios são os mesmos, as pétalas distorcidas e a pequena figura antiga.

Ah, não esqueça de amanhã fluir no teu perfume,
atirando-o no jardim dos outros o mesmo encanto,
a mesma voz amável abrandável.

2 comentários:

  1. Lindo poema Carol. Por um momento imaginei esse poema escrito em petalas de rosas, ja pensou como ficaria lindo? (é... acho que spu louco mesmo). Beijos

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  2. Lindo poema, contêm a sensibilidade de uma verdadeira poetisa!

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