sábado, 2 de outubro de 2010

Insensatez

Ela saiu perturbada lá de dentro,
o frasco de vinho derramado de um lado, a taça de outro.
Segurei-a pelos braços feito um ser tonto do cheiro que a exalava
O ar, a jaqueta marrom suja de batom esmagado, a peça que pregaste lá fora.
Eu te odiei exageradamente por um instante preciso que me desenvolveu
Estávamos parecendo vagabundos jogados à beira da rua
O frio que pairava nos cabelos estava horrível e penetrante nas narinas
Estúpida! Estúpida!
Teu sonho é este mesmo?
Fica aí, que vou embora estalando os pés até morrer de dor.
Pega este teu cigarro sujo
Isto, mate-me!
Ama-me, mate-me!

2 comentários:

  1. Será que ela ainda cheirava a cigarro e o vinho?
    ;*

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  2. Acho que no fundo ela precisa de uma ajuda, ninguem deseja parecer vagabundo jogado à beira da rua, deseja?
    Beijos Carol

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