quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tristeza que dá


Pousam-me seus braços parecendo asas de borboletas,
no tracejar da noite que orvalha o sopro das pequenas cenas nítidas.
Sei cada coisa que fazes
Por isso reajo assim sem muita rapidez
É que eu não tenho jeito para nada
Mas não me desprendo
A única sensação que entorpece são estas intrigas
Vez ou outra assombram-nos a vida

Mas estes seus braços
Pousam-me num abraço, na tristeza coesa.
Transmutando-me qualquer bobagem convicta e séria
Enquanto Zeca declama sem muitas esperanças:
- Preciso transfundir teu sangue pro meu coração que é tão vagabundo!

Tudo sem forma, sem aspecto.
Mas é que este órgão apega-se sem graça,
sem nada nas mãos.
Uns versos sem sentidos, somente.

Um sorriso breve e preciso

Estas palavras valem a pena. Se perguntarem sobre elas farei silêncio, como sempre faço. Não suporto retirar as coisas delicadas. As palavras são assim mesmo. É um infinito de coisas amarrotadas ou não. Fico muda.

2 comentários:

  1. Parece que combinamos a hora de deixar de escrever no blog e a hora de voltar. Eu gosto tanto das suas palavras Carol.
    Beijos

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  2. Acato-me na felicidade, Pedrinho. Obrigada! :)

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