sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Asco, ardo!


O asco presente que me há não é culpa minha
E por que Julgaria vós por esta lástima de rua que posso andar?
De quem é a culpa?
Se hoje mesmo dispusessem-me desta pergunta estaria mais convicente do estado do mundo
Sobretudo do ser humano a perder-se dentro de si mesmo
Como um istrumento de forma invariável que se petrifica com contos de amor
Não me reconheço como um decente que exibe os olhos a enxergar a clareza e o arranjo social cômodo
Não sei definitivamente de nada que me possa perguntar
Nem de quem seja a culpa
Deste tão absurdo volume de bens que suplantam nas mãos de uns e perpassam somente às mãos de outros
Nem se quer do estrago da educação merecida destas crianças que volta e meia assombram-se na escuridão de meia-noite
Não sei de quem seja a culpa
O asco, o fado, o cansaço.
Doar-se demais é besteira
Assim como o prezado sentimento que há
Ninguém pode reconhecer
Isto é só um instrumento de forma invariável que se petrifica com atos de bem

E eu?
Sou apenas um ser covarde, um inerme que morre de amores.

3 comentários:

  1. E se fores um ser que não mais morre de amores, e sim, vive por eles? E se deixasse doar-se apenas pela vontade de mudar, entre quilos, alguns gramas? Jamais serás um ser covarde, desde que não deixe de tentar. O instrumento pode ter a forma imperfeita e imutável, portanto que faça um som agradável...
    E existirá sempre sempre alguém para segurar tuas mãos e te reerguer quando estiver fadada, lembre-se! ;)
    Enquanto eu estiver de pé, vou tentar te levantar também, moça!

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  2. "Doar-se demais é besteira" não sou eu quem digo, Luc. É como o mundo humano anda, pensa.
    ;-) Obrigada sempre pelos comentários.

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  3. Eu até compreendi essa parte. É q achei q vc estava escrevendo como quem, por tanta desilusão, estivesse dizendo o mesmo q eles. Bom saber q não então...
    Viva Mère Lune!

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