
Vento Passado de Agosto
Vento vasto do encantamento do teu rosto.
O espiríto mágico da porta dos fundos que chega
Eu sabia que virias, criança.
O Teatro, o piano, a criança.
O cheiro do ar relativo como uma dança
Suspenso o estado do tempo
Não eras tu mesmo o túmulo convulsivo da minha voz
Não era
És uma criança que molda o senhor estado dos meus olhos. Agora.
O Teatro, o piano, a criança.
O cheiro do ar relativo como uma dança
Confesso que sejam eles mesmos olhos de frutos
Aperriados demais
E tu não sabes o poder do sagrado?
És uma graça. Sou uma graça.
Doei o ódio às carcaças do mundo
Para te conceder o amor como um fluxo
Perdoe-me, mas eu não sei de nada.
E talvez seja por isso que eu seja também uma criança que te ama.
Um sorriso.