terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cansei-me destes prantos que amolecem meu coração,
desses planos aos quais se fazem e jogam tudo às estrelas mortas.

Estou com um cansaço do meu canto,
das mentiras em encalces de uma verdade que sempre morou nos meus olhos,
enquanto morria com o tempo essa paixão que entra no peito.

Sinceramente,
não tenho tino nem sorte para que esta paz me encontre,
e sou sempre convencida de um crime que me fazem, até meio que sem querer.

Deixa pra lá,
pois esta solidão antiga que me move anda suplanta quase em tudo.
Eu fico,
eles vão.

Amores são canções,
e em mim se acabam por algum tempo.
Minha perdição começa. Agora. Não sei pra onde vou, nem mesmo o que fazer.

- Canção.

2 comentários:

  1. Belas palavras Carol! Senti uma nota de angustia ou de desilusão.
    O engraçado é que nunca sabemos até que ponto aquilo que o poeta escreve o traduz.
    Será que a obra fala pelo poeta?
    Ou a poesia é maior que o poeta?
    Muitos dizem que a poesia não pertence aos poetas, até concordo em certa medida, mas não nego a subjetividade do ser poeta em seus escritos.
    Pois poeta para mim é andar a contra mão e ver tudo aquilo que passa despercebido pela maioria das pessoas, como também sentir tudo mais intensamente.
    Saudades de nossas conversas minha querida amiga poeta!

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  2. Obrigada. Tu és mesmo um cara demais! Saudades.

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