sexta-feira, 25 de junho de 2010

Junho Passado

Ninguém que saiba da negruma que são os olhos teus disfarçados de glória. Ninguém vê. Ninguém nos viu os olhos a conhecer-se um ao outro.
Enquanto a noite ali, corria tão forte quanto nós em impulsos que parlisavam. Inquietude da alma e o banco com o meu corpo sentado. Nada mais.
Teu vasto cheiro que nada intediava, além do som que nos perturbava os ouvidos tão longíquos.
Eu não estava ali, e nem sei se estavas tu, no mergulhar do coro interno dos dois olhos, como eu olho, como olhei.
E a nítida tristeza que me fez ver-te a brancura da alma com os laços entrelaçados, medo, aço. E um sorriso singelo num embaraço que devolveu
a beleza do teu rosto que nada encontra com satisfação. Emblema que és, eu não te conheço, nem faço a questão.
Só vejo o vestígio do que foi ali no banco ao lado da árvore, o teu coração.

Um comentário:

  1. Obrigado pelo comentario la no blog Carol, gostei tanto de saber que você gostou do texto n___n beijos

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