sábado, 3 de abril de 2010

Um cuspe no chão
E o cigarro apagado
Jogado na poça de lama
Seus cabelos franzidos
Com as mãos trêmulas
A boca com gosto de bebida
Jaqueta amarrotada de batom
A escada da descida
Escorregadia e sem aopio
Os olhos seus longe demais
Para atentar este perigo

Ficara jogado às mãos
Sedutora a abrir as cortinas
Volvendo-lhes a luz de oito da noite
Onde a loucura ainda acontece
Lá fora e ali dentro
Último suspiro colossal e ardente
Partindo-se de dentro um som que induz
Cheiro de fumaça e álcool na almofada
E o barulho das garrafas pisadas
Misturando-se a dos corpos
Premente e incluso

Último suspiro colossal e ardente
Beijos mãos abraços
E a vossa solidão
Desmanchando-se os olhos
Em convulsivos choros
E a necessidade das mãos afastadas
A perca repentina dos membros
E da alma interrupta de sonhos
A perca da criança matura - o Amor.

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